Empresários e executivos buscam a cirurgia plástica para crescer na carreira

Lipoaspiração para fazer mais negócios



João Loes

Anderson Strufaldi perdeu nove centímetros de cintura: “Os empresários bem-sucedidos se cuidam”
No ambiente de trabalho era de se supor que responsabilidade e dedicação imperassem como medidas absolutas de competência. Mas na prática não é isso o que acontece. Boa aparência e formas enxutas contam muito nos negócios – e os homens se deram conta disso. Há dez anos, apenas 5% das plásticas no Brasil eram feitas em homens. Hoje, eles perfazem 30% do total de cirurgias. E a lipoaspiração e a redução das bolsas sob as pálpebras representam 90% das intervenções. “Não temos estatísticas disso, mas, pelo que observo no consultório e pelas conversas com colegas, posso dizer que metade dos homens que buscam a plástica quer melhorar a aparência no ambiente de trabalho”, diz Sebastião Guerra, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.



A lógica é que, sem a barriguinha e a cara de cansado, o sujeito é mais bem recebido no ambiente profissional e faz melhores negócios. Tudo isso sem comprometer o tempo de trabalho em uma academia, que pode não render os resultados desejados.




O empresário Marcelo Breda, 39 anos, retirou sete litros de gordura do abdome. “Me sentia pesado”, diz ele, que recorreu à lipo a laser. “Agora estou ágil e minha confiança aumentou muito. Não tenho dúvida de que minha relação com os clientes melhorou bastante.” Alexandre Senra, cirurgião plástico do Hospital Albert Einstein, é um dos defensores da lipo a laser em casos como o de Breda. “Ela é menos agressiva e requer menos tempo de recuperação pós-operatória”, argumenta. No procedimento, a gordura é derretida antes de ser removida por um duto mais fino que o usado nas lipos clássicas. Detalhes como esses são valorizados pelos executivos brasileiros, que os repassam entre si e, de indicação em indicação, lotam consultórios médicos.



Segundo o cirurgião plástico Wagner Montenegro, são três os tipos de homens que buscam essas intervenções. O primeiro é minoria. Trata-se do senhor bem- sucedido de 55 anos ou mais que depois de ter sucesso profissional resolve cuidar de si para passar de maneira inconteste a imagem de vencedor. O segundo tem entre 45 e 50 anos, está desempregado e opta pela lipoaspiração para oferecer não só experiência, mas um visual disposto e renovado ao novo empregador. E por fim há o grupo que é maioria: os executivos com cerca de 40 anos em franca ascensão profissional e que querem melhorar a aparência para dar impulso à carreira. “Você vai a uma academia e vê que os empresários bem-sucedidos se cuidam”, observa o empresário do ramo de alimentação Anderson Strufaldi, 32 anos. Ele fez uma lipo na região do abdome, que tinha 107 centímetros e hoje está com 98 centímetros. “Sou dono da minha empresa, mas trabalho em um ambiente em que a competição por clientes é grande e a aparência conta muito”, argumenta.
Com sete litros de gordura a menos no abdome, Marcelo Breda entrou no terno que queria
Ele tem razão. Um estudo feito pela Catho, uma empresa de recursos humanos, com seis mil gestores de empresas brasileiras mostrou que 68,6% dos presidentes e diretores e 59,3% dos gerentes e supervisores têm reservas quanto à contratação de quem está acima do peso. A intolerância se manifesta com rigor semelhante no alto escalão das empresas. A justificativa é a de que quem está gordinho está mais sujeito às doenças da obesidade, como hipertensão e diabetes. Mas sabe-se que a questão estética pesa principalmente nas posições de chefia. “Quem ocupa cargos importantes sabe que terá de aparecer em uma entrevista ou uma apresentação e, quando isso acontecer, quer estar com tudo em cima”, diz Senra. “Eles entenderam que, se não tiverem uma aparência boa, os efeitos podem ser negativos até na área profissional.”

http://wlameirajr.blogspot.com/2010/07/lipoaspiracao-para-fazer-mais-negocios.html

Fonte: Revista Isto É



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